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19 de dez. de 2013

Quanto amor pode caber dentro de nos???

Quanto amor
pode caber dentro de nos???

Um poeta engenharizando:
Eu derivei meu amor
Mas percebi que o limite
Tendia para o infinito.
Como solução somente a integração.
Usei a integral indefinida
Para calcular seu tamanho,
Mas percebi que era n-dimensional.
Então achei que era tudo relativo, dependia do referencial.
Em cada ângulo imaginei meu amor,
Mas percebi que em leis não se enquadrava.
Achei tudo aleatório,
Pedi socorro à probabilidade.
Se era uma variável discreta ou contínua,
Foi difícil diagnosticar.
Mesmo com intervalo de confiança
O amor caiu além dos limites.
Soltei o coeficiente de aceitação,
Mas o amor assumiu valores
De uma complexa inequação.
Então tarde eu percebi
Que o amor não tem explicação!
(enviado por Natália Lis)

“O mundo é tão sólido e estável
quanto uma camada de espumas
sob um poço sem fundo de águas negras."

Neil Gaiman

Passei anos e anos planejando vingança.
Queria cena de cinema,
não um surto psicótico de 20 minutinhos,
desses que qualquer uma faz.
Sempre soube esperar o prato esfriar,
porque toda uma cultura me ensinou que se come frio.
Sou justiça da cabeça aos pés, só que nunca fui fã de comida fria.
Quando tá tudo finalmente pronto, no ponto, me dá preguiça.
Um desperdício, porque todas as minhas falas ensaiadas
renderiam um capítulo inteiro de novela, daqueles imperdíveis,
de final de trama.
Mas não vale a pena, porque já não me afeta
e tudo isso me parece só mais perda de tempo.
Não tenho mais tempo pra perder.

Marcella Fernanda

Em primeiro lugar, não há uma só alma, há duas...
- Duas?
- Nada menos de duas almas.
Cada criatura humana traz duas almas consigo:
uma que olha de dentro para fora,
outra que olha de fora para entro...
A alma exterior pode ser um espírito,
um fluido, um homem, muitos homens,
Já a segunda alma pode ser um objeto, uma operação.
Está claro que o ofício dessa segunda alma é transmitir a vida,
como a primeira;
as duas completam o homem, que é, metafisicamente falando,
uma laranja.
Quem perde uma das metades, perde naturalmente metade da existência; 
e casos há, não raros, em que a perda da alma exterior
implica a da existência inteira.

O Espelho, de Machado de Assis


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