Metamorfose Ambulante - Tanto o blog qto eu!

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23 de fev. de 2013

Pêga de jeito...


Mulherengo nato, viciado em rabo de saia, nunca me enganou. 
Carinho não se nega, coração não se entrega e assim ele vivia, 
eu sabia, sempre soube. 
O que não dava nem pra imaginar, 
era o vício que podia surgir no cara mais descompromissado do mundo. 
Eu na gaiola aberta de um libertino, sem forças e vontade de sair. 
Que loucura. 
E como se cura o efeito do cachorro com o melhor latido desse mundo? 
Jogo baixo. 
É que esse tipinho me fascina, 
esse jogo de lançar a bolinha e deixar ele buscar, trazer de volta. 
Mas não esse, se eu jogasse qualquer coisa, 
eu correria junto com ele, só pra não perder um minuto da companhia. 
Pra não ficar nem um segundo sem a minha dose da vacina, 
que ao invés de sarar, me deixava mais dependente dele, da cabeça aos pés. 
"Eu sou diferente de todos os outros", 
mais uma vez eu ouvi a frase mais batida desse mundo, 
fala oficial dessa gente sempre igual. 
Mas não dessa vez! 
Eu senti isso desde o primeiro instante e, diferente do comum, 
ele afirmava ser negativamente diferente, 
não tinha jeito e fazia questão de não ter. 
Não era uma condição, mas sim uma opção. 
Agora vê se pode, me injetar toda essa loucura na veia e, 
numa fração de segundos, me privar de você! 
É injusto, impossível e eu sei que você me quer, 
então pra que isso? 
Bati pé, insisti, me lancei. 
Perdi. 
Não tinha como domesticar o cachorro mais livre do mundo, não dá. 
Não tinha coleira que prendesse essa fome de vida 
e o medo de viver o que não pode controlar.

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